Série | Fear The Walking Dead: Primeiros episódios


Finalmente a aguardada série derivada de The Walking Dead estreou, com altas expectativas e descrença da minha parte. Eu assisti e vou falar um pouco da nova série de zumbis da AMC, que demonstrou autonomia e independência da série que lhe deu origem.
Eu não estava muito animada para assistir Fear The Walking Dead porque, pra ser sincera, o nome da série não me interessou muito, nem a sinopse. Eu tinha muito receio de não gostar e de que essa série estragasse as coisas para The Walking Dead, que é uma das minhas séries favoritas de todos os tempos. Mas então a série estreou e pessoas começaram a falar bem, e como curiosa que sou, fui conferir pra formar minha própria opinião.
Então eu assisti primeiro episódio – que na minha opinião, apesar de alguns erros, não foi tão ruim assim. Foi timidamente promissor.
A série contará a história de uma família no início do apocalipse zumbi na Califórnia (já que The Walking Dead começa quando a sociedade já está completamente desestabilizada).
Na cena de abertura, um jovem, Nick, está numa igreja abandonada ou algum lugar do tipo, quando acorda e não vê sua “amiga” ao seu lado. Quando vai procurá-la, vê sangue por todo lado e a encontra literalmente comendo um cara, toda lambuzada com o sangue dele. Quando ele foge do local, é atropelado por um carro e acaba no hospital, onde sua mãe, que vinha procurando por ele, o encontra. Sua mãe é uma professora do ensino médio, assim como seu padastro, que nem ele nem a irmã adolescente, Ashley, vão muito com a cara. Apesar do susto, ela fica na dúvida se sua amiga tinha realmente surtado ou se ele estava tendo alucinações por causa das drogas em seu sistema.
No hospital é que conhecemos o personagem principal (O outro Rick?): Sean Cabrera, padastro de Nick e Ashley, casado com Nancy. Nancy e Sean têm uma ótima química na tela, e seus olhares demonstram que o vai ser difícil pro apocalipse separá-los. Nick e Ashley são dois opostos – ele, um viciado em drogas; ela uma garota extremamente ambiciosa que não vê a hora de ir para a faculdade (ela é um pouco irritante, pra ser sincera). Sean também tem um filho adolescente que mora com a mãe em outra área de Los Angeles. O nome do garoto é Cody e ele é um "adolescente rebelde".
A família parece interessante e com conflitos suficientes para muitos episódios. Eu pessoalmente já me envolvi com os personagens.
Não posso deixar de comentar os zumbis – que em FTWD parecem muito mais assustadores que em TWD, onde a pior ameaça são os outros humanos.Isso me fez lembrar o começo da história de Rick Grimes, quando zumbis ainda davam medo e mereciam até musiquinha de fundo assustadora. Muitas cenas legais e de tirar o fôlego se passam no piloto de uma hora de duração. Algumas partes me fizeram ficar um pouco desconfortável com clichês desnecessários, mas os atores parecem estar se aquecendo e fazendo o melhor que podem com as falas que lhe deram, por mais estranhas que possam ser às vezes.
“Quando a civilização acaba, ela acaba rápido.”
Essa foi a frase marcante do segundo episódio. O que se provou real na série: já no episódio dois, os Estados Unidos entram numa crise louca: pessoas começam a deixar a cidade para se refugiar em outros lugares, protestos ocorrem por ainda não se entender o que ou quem são esses “zumbis” (que eu estou curiosa para saber qual nome terão nessa série) e os personagens principais começam a fazer planos de onde se refugiarão.
O surpreendente de tudo foi tratar o apocalipse de forma nova e realística. Não parece que eles estão no ano em que TWD começou, parece que estão em 2015 – o que não faz muito sentido se pensar em TWD, mas acho que é a melhor coisa, e traz muito mais medo para quem está assistindo. Definitivamente não parece uma "prequência". Os protestos que acontecem nas ruas de Los Angeles conversam com os conflitos atuais que assolam as grandes cidades da América. Um ponto para a AMC foi colocar para personagem principal um homem latino, com uma esposa branca; e para a filha dela, um namorado negro. Achei isso legal e atual, porque traz à tona a questão racial, que ainda é um tabu muito grande por lá.
A série tem grande potencial e já começou bem: quebrando recordes. Ela teve a maior estreia da História, com 10 milhões de pessoas assistindo ao piloto. A série vai ao ar todo domingo nos Estados Unidos e deve passar no Brasil em 2016.

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